Montanha da Perdição

Localizado no centro da terra de Mordor, foi o local onde o Um Anel foi forjado pelo Senhor do Escuro, Sauron, e representa o fim da aventura de Frodo Bolseiro para destruir o Anel, aventura esta relatada em O Senhor dos Anéis.
Orodruin é o nome em Sindarin para Montanha de Fogo. O nome equivalente em Sindarin para Montanha da Perdição é Amon Amarth, que significa literalmente Montanha do Destino.
Quando Sauron começou a procurar por um local de moradia na Terra-média durante a Segunda Era, ele foi diretamente para Mordor, especialmente atraído pela montanha, cujo poder ele queria usar em seu favor. Portanto construiu em redor da montanha o seu reino e "usou o fogo que jorrava do coração da terra em seus feitiços e forjas". A mais famosa criação de Sauron em Orodruin foi o Um Anel, forjado nas Fendas da Perdição, Sammath Naur, um abismo dentro da montanha. Em O Senhor dos Anéis consta que o material do qual foi feito o anel era tão durável e os encantamentos que o protegiam tão poderosos que somente nas Fendas da Perdição ele poderia ser desfeito.
Diz-se que a Montanha da Perdição era mais que um vulcão comum, já que Sauron o comanda e enquanto esteve ausente, o Vulcão adormeceu, voltando à ativa quando do seu retorno. Sua atividade também aparenta estar ligada com o poder de Sauron. Quando ele é derrotado, no fim da Terceira Era, o vulcão entra violentamente em erupção e logo depois adormece permanentemente.


A lí­ngua secreta dos Anões


História Interna
No segundo capítulo do Silmarillion aprendemos que no momento da criação dos Anões por Aulë, já existia uma linguagem preparada pelas eles. Foi o próprio Aulë que a criou e a ensinou aos sete pais dos Anões. Esse idioma era chamado Khuzdul, e nele os Anões chamaram a si mesmos de Khazâd [que no singular poderia ser algo como Khuzd]. Mas não foi permitido a Aulë que seus filhos despertassem antes dos Elfos, e portando os pais dos Anões foram escondidos sob uma distante montanha da Terra Média por muitas Eras.  
Quando finalmente os Elfos despertaram, os sete pais dos Anões se moveram e a câmara de pedra onde estavam se quebrou. Eles ficaram cheios de temor ao sair e ver o mundo pela primeira vez, mas o primeiro contato entre os Anões e os Elfos só ocorreu muito depois do despertar de ambas as raças. Os Anões se orgulham por sua língua ainda ser compreendia por todos os seus parentes da Terra Média, pois quase não sofreu alterações com o passar das Eras. Como disseram eles: "comparar o Khuzdul com a línguas élficas ou a dos homens é como comparar o desgaste da pedra com o derreter da neve". Pengolodh comenta: "a tradição da língua criada por Aulë é tão grande que os Anões não lhe faziam mudanças substanciais, mas um idioma paralelo criado por eles chamado Iglishmêk era mais mutável".
O Khuzdul era guardado como um segredo dos Anões, e foram muito poucas as pessoas fora da sua raça a quem ele tenha sido ensinado. Teorias dizem que eles sentiam que o Khuzdul pertencia a sua própria raça, e que nenhum outro povo tinha o direito de falar seu idioma. Quando havia a necessidade de se comunicar [quase sempre por motivo de comércio] os eram os Anões que aprendiam o idioma dos vizinhos. Mais tarde algumas antigas histórias disseram que em Valinor Aulë tinha se afeiçoado a Fëanor e lhe ensinado o idioma secreto dos Anões, mas Fëanor nunca foi visto se expressando em Khuzdul e esses boatos continuam apenas como lendas.


Os Elfos da Terra Média nunca se interessaram muito pelos Anões e nem pensaram am aprender o Khuzdul, sendo assim não podiam entender nem uma única palavra da língua dos Naugrim [anões]. Para os ouvidos dos elfos esse idioma era áspero e duro, sem qualidade musical e seco como o vento do deserto. É claro que isso não é totalmente verdadeiro, mas sem dúvida o Khuzdul era menos belo e elaborado que o Quenya ou o Sindarin.
Uma das raras ocasiões em Khuzdul entraram primeiro em Beleriand, e uma amizade especial surgiu entre as duas raças… isso porque os homens como cavaleiros experientes podiam oferecer aos Anões ajuda e proteção contra os orcs. Embora os homens tenham sido instruídos no Khuzdul, o aprendizado foi difícil. Aprendiam principalmente palavras isoladas, muitas das quais acabaram adaptando no seu próprio idioma. Nisso parece que o Khuzdul influenciou a estrutura básica do idioma de Númenor, o Adûnaic, onde várias palavras guardam semelhança com o idioma dos anões.
Dos poucos elfos que se interessaram pelo Khuzdul o maior foi Curufin, sendo também o único dos Noldor a ganhar amizade dos Naugrim. Foi dele que os antigos mestres de lendas obtiveram seus parcos conhecimentos do Khuzdul, e pelo menos uma palavra deste idioma foi utilizada em Sindarin: "kheled" que significa "copo". No Quenya a palavra "Khazâd" foi adaptada para "Casar", e no Sindarin como Hadhod [os anões foram chamados Hadhodrim]. Reciprocamente os anões podem ter pego do Sindarin a palavra "kibil" que significa "prata" e pode ter sido descoberta com a ajuda dos elfos cinzentos.
Na segunda Era, os Anões relutantemente instruíram alguns mestres de lendas élficos no Khuzdul, eles aprenderem sobre o interesse puramente estudioso dos Noldor em seu idioma e permitiram que aprendessem parte dele, e a alguns dos mestres de lendas posteriores a esses foi permitido um aprendizado mais profundo. Foram estes elfos que nas Eras que se seguiram contiveram a arrogância de seus irmãos em relação aos Anões e ajudaram a manter o contato entre as duas raças.


Em um ponto porém, os Anões sempre foram extremamente reservados. Por razões que os Elfos e Homens nunca entenderam eles não revelavam nenhum nome pessoal a pessoas de outra família, nem mesmo depois de dominarem a arte de escrever. Eles tinham nomes públicos pelos quais poderiam ser conhecidos entre seus aliados, mas seu nomes verdadeiros, em Khuzdul, eram secretos. Conseqüentemente os nomes Balin e Fundin que aparecem em um contexto de Khuzdul na laje em cima da tumba de Balin não são em Khuzdul. Eles são nomes substitutos que Balin e seu pai Fundin usaram enquanto não-anões estavam presentes.
No Silmarillion aparece um Anão chamado Azaghâl, o Senhor de Belegost. Este sem dúvida é um título que foi utilizado no lugar de seu nome verdadeiro, provavelmente significa "o guerreiro" sendo relacionado ao verbo Númeroneano "azgarâ" que significa "guerra". Também há o nome de Gamil Zirak, um anão-ferreiro de Nogrod. Acredita-se que esse também é um nome alternativo para ocultar seu nome verdadeiro, mas outros dizer ser este seu nome em Khuzdul que para seu grande e duradouro pesar foi descoberto por não-anões. Mas ocorreu pelo menos um caso em que um Anão revelou seu nome verdadeiro, no Silmarillion Túrin captura o Anão Mîn, que não apenas revela seu verdadeiro nome mas também o dos seus filhos Khîm e Ibun.


Os Anões não sentiram que era algo impróprio revelar nomes de lugares. Gimli por sua próprio iniciativa revelou a Companhia do Anel os nomes em Khuzdûl de diversos locais e da própria Moria: "Eu sei os nomes deles, Khazad-dûm, lá está Barazinbar, e além dele Silvertine que nós chamamos Zirakzigil…" Eles não ficavam ofendidos se outros povos soubessem alguns nomes e expressões em Khuzdul. Quando Gimli veio a Lórien, ainda zangado por ter sido vendado pelos Elfos Galadriel disse a ele: "Escura é a água de Kheled-zâram, e frias são as fontes de Kibil-nâla, e grandes são os muitos pilares e corredores de Khazad-dûm em dias mais velhos que o outono e de Reis mais poderosos que viveram debaixo da pedra. Gimli ouvindo os nomes pronunciados em sua própria língua observou os olhos de Galadriel, e lá encontrou amor. Então ele sorriu em resposta. Assim Gimli percebeu que o uso de Galadriel do Khuzdul foi um gesto amigável.
Na primeira Era, Mîn se referiu a montanha onde vivia como: "Amon Rûdh é
aquela montanha, isso desde que os Elfos mudaram todos os nomes." – sugerindo que isto o irritou. 
História Externa  
Relativo ao Khuzdul: Não existem informações precisas sobre a criação do idioma dos anões, mas Tolkien declarou que esta língua foi esboçada com poucos detalhes e contando com um vocabulário muito pequeno. Tolkien sempre se inspirava em uma língua já existente para criar uma outra a ser usada nas suas histórias. O Khuzdul foi utilizado para criar os nomes Khazad-dûm e Gabilgathol ainda muito cedo, nos primeiros esboços de O Silmarilion. No inicio a montanha dos anões foi chamada de Khuzûd, e depois a palavra foi modificada para Khazad. O nome de Khazad-dûm foi dado primeiro a cidadela de Nogrod, e não a Moria. É interessante notar que Nogrod já existia neste momento da criação da história.

Os Magos Azuis


Numa carta, Tolkien diz que os magos foram para o Leste, e provavelmente falharam em sua missão, talvez começando cultos mágicos. Num outro texto publicado (Os Povos da Terra-média), nomes alternativos são dados: Morinehtar e Rómestámo. Não é claro se esses nomes pretendiam substituir Alatar e Pallando, ou se eram seus segundo nomes. Dizem que não chegaram na Terceira Era, e sim na Segunda, por volta do ano 1600, o tempo da Forja do Um Anel. Apesar disso, sua missão ainda é no Leste, para enfraquecer as hostes de Sauron, e foi aí que falharam; talvez eles tivessem um papel principal nas vitórias no Oeste nos finais da Segunda e Terceira Era. Ao mesmo tempo, Tolkien considerou a possibilidade de que Glorfindel tenha voltado à Terra-média junto com os Magos Azuis.


Os Magos Azuis eram, como é dedutível de todos na Ordem dos Istari, Maiar. Aparentemente eram ambos criados de Oromë, mas é afirmado em Contos Inacabados que Pallando foi integrado às hostes de Oromë posteriormente, e que antes dessa versão final teria alguma relação com Mandos e Nienna. Alatar sempre esteve junto a Oromë e foi indicado por ele para integrar os Maiar a serem enviados à Terra-média.Também é dito por Tolkien em uma de suas cartas que por ser um grande amigo de Pallando,Alatar era servo de Mandos(Námo),e outros afirmam ainda que Alatar foi a Terra-Média por insistência de Mandos e não de Oromë.
Como a maioria dos nomes nos trabalhos de Tolkien, os nomes dos Magos Azuis são relevantes. O nome Rómestámo significa Ajudante – do – Leste, vindo do Quenya romen, que significa motim, nascer – do – sol, leste. Aqui, Rómestámo incorpora não só a relação com o Leste da Terra-média, mas também sua missão lá: encorajar motins e rebeliões contra Sauron. Do mesmo modo, ‘’Pallando’’ pode derivar do Quenya palan, que significa “longe” e “largo”.

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A Torre de Amon Sûl

A Torre de Amon Sûl se situa no cimo do Topo do Vento, o mais alto dos
Montes do Tempo, perto da Grande Estrada Este, em Eriador. Foi
construída por Elendil em 3220 da Segunda Era, no ano que se seguiu à
sua chegada à Terra-Média, após a Queda de Númenor. Foi erguida para
servir de posto de vigia, alertando os reinos do norte caso as forças
do inimigo voltassem a dar sinal de vida. Apesar de alta e imponente no
seu auge, na época da Guerra do Anel tudo o que restava eram ruínas -
resultado de séculos e séculos de guerras com Sauron.

 

Na Torre foi colocado um dos sete palantíri que Elendil trouxe de
Númenor, e foram distribuídos pelos seus dois reinos, Arnor e Gondor. O
palantir de Amon Sûl era o maior e mais poderoso dos no norte, e era
através dele que o rei comunicava com Gondor. Era mantido numa mesa
redonda no topo da fortaleza, com uma depressão côncava no centro onde
o palantir era posto.
Conta-se que, durante os tempos da Última Aliança, Elendil ficava lá,
olhando para Oeste e esperando a chegada dos exércitos de Gil-Galad
para marchar com eles até Mordor.


Durante a Terceira Era, Arnor foi abalada por uma guerra civil e
dividida em três reinos – Arthedain, Cardolan e Rhudaur. Arthedain
reclamou a posse da Torre e do palantir, colocando lá uma guarda para
vigiar o lugar. Durante vários anos houve conflito entre os três reinos
pela posse de Amon Sûl.
Em 1359, o rei Argeleb I de Arthedain morreu a defender os Montes do
Tempo de um assalto de Rhudaur, que era na altura governado por um
homem dos montes ao serviço do Rei Bruxo de Angmar. O filho de Argeleb,
Arveleg I, afastou os invasores e defendeu os montes por muitos anos,
até que em 1409 o Cume do Tempo foi cercado por uma grande hoste de
Angmar, que matou Arveleg e devastou e queimou a Torre de Amon Sûl. O
palantir foi salvo pelos exércitos de Arthedain, mas viria a ser
perdido no mar mais tarde.
Com o passar dos anos, o tempo e o abandono começaram a exercer o seu
efeito sobre o local, já arruinado. O anel de pedras que outrora
constituíra a fundação da Torre caiu e elas foram cobertas por grama.


Amon Sûl apenas voltaria a desempenhar um papel relevante anos mais
tarde, no final da Terceira Era. Em 3018, ao ser perseguido pelos
Nazgûl, os servos de Sauron, o feiticeiro Gandalf procurou refugiu nas
ruínas da fortaleza. Foi ainda assim atacado pelos Espectros, e houve
uma grande batalha, como há muito não se via no Topo do Vento. Gandalf
manteve os Nazgûl afastados graças às suas chamas e luzes, até que
conseguiu escapar ao amanhecer – deixando antes disso uma mensagem no
centro do monte, um G rúnico e três cortes numa pedra, indicando que
tinha estado ali a 3 de Outubro.


Quando o Frodo, o Portador do Anel, lá passou três dias mais tarde,
guiado por Aragorn dos Dunédain, foi atacado por cinco Nazgûl, que o
feriram gravemente antes de retirarem e Aragorn fugir com os Hobbits.
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