Melkor, também chamado de Morgoth Bauglir, é um personagem fictício da Terra Média criada por J. R. R. Tolkien. Ele é o principal antagonista de O Silmarillion, figuras em Os Filhos de Húrin, e é mencionado brevemente em O Senhor dos Anéis. Em Quenya significa "aquele que se ergue em poder". Sobre ele Tolkien escreveu: "À medida que cresceu em malícia, e transmitiu o mal que concebia na forma de mentiras e criaturas de perversidade, seu poder passou para elas e se dispersou, e ele próprio tornou-se cada vez mais ligado à terra, relutante em sair de seus obscuros baluartes".
No início Melkor foi o maior dos Ainur. Ele dividia poder com Manwë, mas se ressentia com a preferência que Ilúvatar dava a seu irmão. Manwë, entretanto, era mais próximo dos pensamentos de Ilúvatar, enquanto que Melkor não conseguia trabalhar no esquema prescrito por Eru, o Único. Quando os Ainur cantaram a Grande Música, Melkor introduziu a dissonância, e foi severamente repreendido por Eru Ilúvatar.
Ele é conhecido como Morgoth, "o Sinistro Inimigo do Mundo", nome que foi dado por Fëanor antes dos Noldor deixarem as Terras Imortais e da Condenação de Mandos.
Melkor, tanto antes da chegada dos Primogênitos quanto em sua permanência nas fortalezas de Utumno e Angband, corrompeu diversos seres, dentre eles maiar como Sauron e elfos como Maeglin, roubou as Silmarils de Fëanor e espalhou sua maldade por toda a Terra-média, além de ter matado aquela que é considerada uma das maiores obras dos Valar: as Duas Árvores de Valinor.
Sua participação principal na história de O Silmarillion é em relação às próprias Silmarils. As três ele roubou do cofre de Fëanor e as engastou em sua corôa de ferro, que embora esta lhe pesasse muitíssimo, ele não tirava. Em torno das Silmarils desenvolve-se todo o Quenta Silmarillion, que conta como elas foram roubadas, e a sua história até seu fim.
Durante uma das Guerras diretas entre os Valar e Melkor, quando foram destruídas as Lamparinas dos Valar que iluminavam a Terra-média. Foi então que Yavanna criou as Duas Árvores de Valinor , Telperion e Laurelin , e estas geravam luz que passou a iluminar toda a Terra-Média e esta foi a maior criação dos Valar. Foi então que Mandos E com a seiva que saía dessas árvores Yavanna criou as estrelas, depois de Mandos profetizar o Despertar dos Filhos de Eru/Iluvatar em local desconhecido pelos Valar e em tempo desconhecido. Para evitar que os Primogênitos de Iluvatar fossem vítimas de Melkor, assim que foram encontrados por Oromë, os Valar entraram em combate contra Melkor, devastaram Utumno, parcialmente, pois Sauron e outros servos escaparam em suas profundezas ocultas, e aprisionaram o ex-Vala nas Prisões de Mandos, de onde nem mesmo um Vala pode escapar.
Enquanto sofreu vigilância e esteve livre em Valinor, Melkor pareceu agir como se tivesse recuperado de sua maldade. Ao menos, isso ele fez parecer. E enquanto dava conselho aos que o procuravam, muitos aprenderam com ele, e também foram vítimas de mentiras implantadas com tal maestria, que quem as ouvia podia jurar que havia brotado de seu próprio pensamento. E a vítima dessas mentiras geralmente era Fëanor, ao qual invejava, odiava e cobiçava suas amadas Jóias, as Silmarilli.
Melkor conseguiu provocar conflito entre Fëanor e seu meio-irmão Fingolfin que depois de ser ameaçado pelo irmão com sua espada foi punido com um êxilio de 12 anos longe de Valinor. Ficou-se sabendo depois o motivo da discórdia, mas ao procurarem Melkor para puní-lo, este já havia tomado a forma de uma tempestade e fugido de colina a colina da perseguição de Tulkas. Retornou a aparecer em Formenos e tentou se passar por amigo de Fëanor, ainda magoado com a decisão dos Valar, dizendo que tudo o que ele havia dito era, como o elfo havia visto, a pura verdade, e que o ajudaria a fugir para as terras fora das muralhas daqueles que o puniram injustamente. Foi expulso por um elfo revoltado, que provocado, conseguiu penetrar a mente de Melkor, com um olhar de chamas, percebeu nele seu desejo pelas Silmarilli, ao falar que na terra dos Valar suas Jóias lhe seriam roubadas.
Foi ao encontro de Ungoliant para vingar-se. Tendo essa sinistra ajuda, Melkor aproveita-se que os Valar estão festejando juntamente com todos os elfos, incluindo Fëanor, e invade Valinor. Ataca as Duas Árvores de Valinor com uma lança, fazendo derramar suas seivas luminosas, que foram sugadas por Ungoliant, envenenando e matando-as. Depois Ungoliant ainda suga os jarros em que eram guardados suas seivas, tornando-a gigantesca e pavorosa até mesmo para Melkor, que é envolvido numa teia de escuridão, e levado para fora de Valinor em fuga. Melkor passa por Formenos e rouba as Silmarilli, mata Finwë que tentava defendê-las. Mais tarde, já na Terra-Média, Melkor é atacado por Ungoliant que deseja cumprimento do acordo de lhe dar as jóias que haviam roubado e o ex-Vala só escapa com a ajuda dos Balrogs, que ao ouvirem seu grito, partem ao seu auxilio para o local que ficou conhecido como Lammoth. Melkor foi salvo, mas por segurar com as mãos nuas as Silmarilli, que eram consagradas e que nenhuma criatura malévola poderia segurá-las sem que se queimasse em castigo, teve a mão enegracida, e por isso também foi chamado de O Mão Negra
Melkor foi preso por uma corrente feita por Aulë (chamada Angainor) e levado a julgamento diante de Manwë, que o sentenciou prisão nas Prisões de Mandos, de onde nada nem ninguém pode escapar. Quando foi libertado, encontrou os Valar e Elfos em grande harmonia e voltou a cometer maldades, e em outra guerra, foi novamente preso com Angainor, sua coroa foi batida à guisa de coleira, seus pés foram decepados, as Silmarils lhe arrancaram e foi empurrado pelos próprios Valar pela Porta da Noite, para o Vazio eterno. Seu retorno está previsto na Dagor Dagorath.