A Torre de Amon Sûl

A Torre de Amon Sûl se situa no cimo do Topo do Vento, o mais alto dos
Montes do Tempo, perto da Grande Estrada Este, em Eriador. Foi
construída por Elendil em 3220 da Segunda Era, no ano que se seguiu à
sua chegada à Terra-Média, após a Queda de Númenor. Foi erguida para
servir de posto de vigia, alertando os reinos do norte caso as forças
do inimigo voltassem a dar sinal de vida. Apesar de alta e imponente no
seu auge, na época da Guerra do Anel tudo o que restava eram ruínas -
resultado de séculos e séculos de guerras com Sauron.

 

Na Torre foi colocado um dos sete palantíri que Elendil trouxe de
Númenor, e foram distribuídos pelos seus dois reinos, Arnor e Gondor. O
palantir de Amon Sûl era o maior e mais poderoso dos no norte, e era
através dele que o rei comunicava com Gondor. Era mantido numa mesa
redonda no topo da fortaleza, com uma depressão côncava no centro onde
o palantir era posto.
Conta-se que, durante os tempos da Última Aliança, Elendil ficava lá,
olhando para Oeste e esperando a chegada dos exércitos de Gil-Galad
para marchar com eles até Mordor.


Durante a Terceira Era, Arnor foi abalada por uma guerra civil e
dividida em três reinos – Arthedain, Cardolan e Rhudaur. Arthedain
reclamou a posse da Torre e do palantir, colocando lá uma guarda para
vigiar o lugar. Durante vários anos houve conflito entre os três reinos
pela posse de Amon Sûl.
Em 1359, o rei Argeleb I de Arthedain morreu a defender os Montes do
Tempo de um assalto de Rhudaur, que era na altura governado por um
homem dos montes ao serviço do Rei Bruxo de Angmar. O filho de Argeleb,
Arveleg I, afastou os invasores e defendeu os montes por muitos anos,
até que em 1409 o Cume do Tempo foi cercado por uma grande hoste de
Angmar, que matou Arveleg e devastou e queimou a Torre de Amon Sûl. O
palantir foi salvo pelos exércitos de Arthedain, mas viria a ser
perdido no mar mais tarde.
Com o passar dos anos, o tempo e o abandono começaram a exercer o seu
efeito sobre o local, já arruinado. O anel de pedras que outrora
constituíra a fundação da Torre caiu e elas foram cobertas por grama.


Amon Sûl apenas voltaria a desempenhar um papel relevante anos mais
tarde, no final da Terceira Era. Em 3018, ao ser perseguido pelos
Nazgûl, os servos de Sauron, o feiticeiro Gandalf procurou refugiu nas
ruínas da fortaleza. Foi ainda assim atacado pelos Espectros, e houve
uma grande batalha, como há muito não se via no Topo do Vento. Gandalf
manteve os Nazgûl afastados graças às suas chamas e luzes, até que
conseguiu escapar ao amanhecer – deixando antes disso uma mensagem no
centro do monte, um G rúnico e três cortes numa pedra, indicando que
tinha estado ali a 3 de Outubro.


Quando o Frodo, o Portador do Anel, lá passou três dias mais tarde,
guiado por Aragorn dos Dunédain, foi atacado por cinco Nazgûl, que o
feriram gravemente antes de retirarem e Aragorn fugir com os Hobbits.
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